É com saudade que recordo, hoje, os dias de loucura que vivi na escola. Gostava daquela vida de inconsciência, de total despreocupação... Velhos tempos!
Mas há coisas que me fazem confusão: porque é que 90% dos meus amigos andam na faculdade e eu não? Como conseguiram essas pessoas enganar o sistema de ensino?
Bem... Lido com algumas dessas pessoas quase todos os dias, sei que são pessoas despidas de cultura, que são incapazes de formular uma opinião recorrendo apenas ao seu pensamento. Por norma só conseguem dar opiniões sobre assuntos em que só existam duas possibilidades de resposta. Assim conseguem... Mas nunca pensaram se poderá existir ou não uma outra possibilidade de resposta. E porquê? Porque isso implica pensar. E poucas são as pessoas que pensam. O acto que introverter-se e meditar sobre o mundo (ou sobre o que o transcende) é que nos faz evoluir.
E onde é que eu fico no meio disto tudo? Fico na parte dos excluídos, sinto-me inferiorizado pela sociedade por ainda não ter completado o 12º ano. Por mais que demonstre cultura e que não permita que consigam superiorizar-se a mim, por mais que tente acabo por ser discriminado.
É triste vermos o poder que um canudo pode ter, o valor que um estatuto social nos pode dar. Mas eu sou contra tudo isso. Sou contra o comercialismo, sou contra o consumismo, sou contra um sistema de ensino "democrático"...
A democratização do ensino fez com que a pessoa mais estúpida à face da terra consiga tirar um curso superior. E depois? Depois trabalha como um autómato até ao final da sua vida, utilizando uma infima parte dos conhecimentos que deveria ter adquirido.
Detesto o consumismo, acho que nos devemos concentrar em gastar o nosso dinheiro em bens básicos. Livros, música...
Também detesto uma coisa chamada "moda". Eu ando sempre de calças largas e sapatilhas, isso torna-me alguém diferente? À luz da sociedade sim, mas face a mim mesmo continuo exactamente igual quer use fato ou use calções.
Hoje em dia pouco se valoriza o intelecto, porque, cada vez mais, este não é necessário para as tarefas mundanas.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
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